sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Mutilação de orgão genital

Foto: Siegfried Modola
"A mutilação de meninas e mulheres deve cessar ainda nesta geração, a nossa geração", disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em uma matéria publicada no site da revista Exame.

São atos que acontecem por motivo cultural, social e religioso. Tem-se de respeitar as crenças e costumes de outros povos, pois eles fazem parte da sua história e tradição. Mas não é o que diz uma vítima destas mutilações, em que são feitas de modo a retirar partes, ou totalmente, da genitália externa feminina (clitóris, pequenos e grandes lábios) - que é um procedimento feito sem o uso de anestesia e que se houver perda de sangue, ocasionando uma hemorragia, pode levar à morte. "Esta prática não tem a ver com cultura, é uma violação aos direitos humanos",  Kakenya Ntaiya, vítima de mutilação. 

Embora a circuncisão seja proibida no Quênia, país com mais índice dos atos; segundo a Unisef na Europa, Austrália, Estados Unidos e Canadá também tem apresentado índices desta prática. 

Acredito ser um processo dolorido, perigoso e constrangedor. Considero as partes íntimas de um ser humano uma das mais sensíveis do corpo, se não a mais. Tê-los cortados como se fossem um pedaço de carne qualquer, como aqueles que compramos em um supermercado ou em um  açougue, não faz parte do que consideraríamos comum, pois não faz parte da nossa cultura e nem das nossas tradições. 

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